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Novos símbolos e a comunicação


Nossas primeiras formas de linguagem foram gestuais e orais. Corpos e grunhidos nos fizeram sobreviver por milênios. Desenvolvemos depois a escrita com objetivos que vão desde a documentação e facilitação do trânsito da mensagem até, mais apuradamente, interpretações e invenções literárias artísticas.

Começamos pela escrita ideográfica (hieróglifos, por exemplo), em que os signos representavam ideias completas; depois pela escrita silábica (acádico cuneiforme, por exemplo), em que os sinais representavam sons silábicos que montam palavras que por sua vez indicam ideias. E, bem recentemente, desenvolvemos a escrita alfabética (grego, latim), em que os sinais criaram uma infinidade de possibilidades de escrita de sons e palavras.

E é curioso que ultimamente, com a emergência dos aplicativos de mensagens de texto, voltamos aos sinais pictóricos na comunicação - que se assemelham a hieróglifos ou a desenhos livres. 🤗 Há quem veja isso como empobrecimento do idioma e da linguagem. Mas será mesmo? 🤔 Há momentos em que, para uma boa comunicação, especialmente nos casos em que sentimentos e humores estão envolvidos, a sequidão das letras e sinais de pontuação apenas, precisam quase que de gênios da literatura para se fazerem compreender bem. Isso sem falar que exige dos leitores uma aptidão também muito especial.

Esses sinais novos (emojis, emoticons, etc) podem ajudar, sim. 😎 O problema será sempre o fundamentalismo. Ou tudo ou nada! 😉

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Prof. Ricardo Lengruber é teólogo. Doutor pela PUC-Rio, atua nas áreas de Educação, Religião e Políticas Públicas. Foi Secretário de Educação e é membro da Academia Friburguense de Letras. Tem livros e artigos publicados, dentre eles “A escola em que (des)acredito”, pela editora Mauad. Visite www.ricardolengruber.com

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