- uma breve reflexão sobre a Festa de Reis e a questão da (in)tolerância religiosa. Símbolo é mais do aquilo que representa algo. Símbolo é o que aponta caminhos; indica direções; sinaliza o rumo a seguir. Etimologicamente, símbolo é o que é lançado conjunta e unidamente. Um elo entre o aparentemente distinto. Símbolo é o elemento capaz de fazer ligação entre diferentes. Por outro lado, símbolo é o que aponta para algo além de si. A maior tarefa do símbolo é despojar-se de si
A religião de Israel se forjou a partir do diversificado sincretismo de povos e crenças que aprenderam a resistir ao poder opressor das cidades e reinos do Antigo Oriente Próximo. Essa foi, grosso modo, sua gênese. Uma coalizão de resistência. Apesar de haver, ao longo da história, a tendência de se institucionalizar, Israel preservou boa parte da energia original que o fez peregrino pelo deserto. Apesar de sua divindade, seus sacerdotes, seus edifícios e sua dinâmica social,
Porque há tanta gente capaz de defender a questão? É claro que os índices de violência e a experiência da impunidade promovem esse tipo de sentimento. É quase como um grito coletivo por justiça, ou por vingança. Explica-se. Não sei se justifica. Os números acenam para uma realidade complicada no Brasil. Nos últimos de anos, houve um aumento expressivo no quantitativo de encarcerados. E um incremento ainda maior nas estatísticas da violência. Ou seja, mais cadeia não significa
Mais da metade da Câmara Municipal em Nova Friburgo é composta por vereadores que se declaram evangélicos. A proporção, apesar de alta, não é exclusiva do município. Cresce o número de representantes evangélicos nas diversas esferas de poder no país. A prefeitura do Rio tornou-se o símbolo maior desse processo. Sobre isso, há quem se preocupe com uma "tomada do poder"; outros sequer se atentaram para os novos paradigmas que estão se construindo no país. O fato é que há elemen
Lutero protestou contra uma igreja que oprimia. Uma igreja que, chamada a realizar o evangelho da liberdade, tornava a vida e a morte objetos de barganha e comercialização. Afixou suas teses protestantes do lado de fora da catedral de Wittenberg. Porque é do lado de fora que a vida acontece. Fez questão de traduzir a Bíblia pra língua que o povo simples das ruas falava (o alemão). Em algum sentido, o protesto luterano nasceu como uma celebração da educação. Traduzir. Esclarec
O mundo político brasileiro vem ganhando, já há algumas décadas, uma nova força: o fundamentalismo religioso orientando políticas públicas. Isso é um retrocesso em termos civilizatórios. A Igreja Universal é um ator importante nesse cenário. Mas não é a única, tampouco a mais importante. Há inúmeras forças (católicas, evangélicas e neo-pentecostais) disputando e coabitando esses espaços. Tão importante quanto a preocupação com esses grupos, em si, deve ser o alerta quanto às
- uma breve reflexão sobre a Festa de Reis e a questão da (in)tolerância religiosa Símbolo é mais do aquilo que representa algo. Símbolo é o que aponta caminhos; indica direções; sinaliza o rumo a seguir. Etimologicamente, símbolo é o que é lançado conjunta e unidamente. Um elo entre o aparentemente distinto. Símbolo é o elemento capaz de fazer ligação entre diferentes. Por outro lado, símbolo é o que aponta para algo além de si. A maior tarefa do símbolo é despojar-se de si
O Brasil tem características muito pitorescas. Uma delas é sua forma subliminar - mas flagrantemente perversa - de discriminar. Por aqui, há pessoas e pessoas. Umas, mais! Outras, menos! Nosso país é pobre, como inúmeros outros espalhados pelo planeta; mas, por aqui, a pobreza tem cor; e a cor da pobreza no Brasil é preta. O dia da consciência negra (vinte de novembro) retrata essa profunda fissura que há na sociedade. Com a cordialidade própria de uma cultura que é incapaz d