Entre os tantos desafios do nosso tempo, há um em especial que pode mudar tudo no futuro, se soubermos encará-lo. Trata-se do desafio da educação.
É claro que a primeira questão é garantir acesso à escola e aos insumos necessários às suas tarefas (livros, alimentação, transporte, uniformes etc). E, obviamente, reorganizar as prioridades, de modo que professores sejam valorizados seriamente - valorizados salarial e socialmente.
Mas nosso tempo impõe novos desafios. Especialmente no tocante às formas de ensinar e de aprender e, objetivamente, ao relacionamento com as novas mídias e sua maneira de tratar a informação e o conhecimento.
Hoje, crianças e adultos têm acesso a um volume de informação nunca antes experimentado. O dilema, todavia, é ter a capacidade de processar essa tempestade de dados e torná-la algo que se possa chamar de "saber".
Além disso, tão importante quanto as mídias, é desafiadora a missão de aprender e de ensinar com as novas tecnologias nas salas de aula. A receita professor-aluno, embora insubstituível, dá sinais de precisar ser repensada.
Proibir os computadores (tablets e smartphones) tem seus dias contados. Nossa grande e urgente tarefa continua a ser ensinar a aprender de forma nova, atual e relevante. As novas tecnologias só fazem repensar os formatos.
Num mundo que gera informação em escala industrial, a missão é humanizar o saber e tornar as pessoas capazes de aprender continuamente.
Que fique registrado: aprender significa mais que absorver dados; aprender quer dizer atribuir criticamente significado relevante para a realidade. E, de alguma forma, participar de sua transformação.
Esse é o nosso desafio. Aprender para sempre.