Ricardo Lengruber
15 de nov de 20171 min
A rede social, em tese, é espaço de pluralidade. Embora a tendência seja a do reforço dos discursos convergentes (por conta dos likes que damos ou deixamos de dar), a rede proporciona algum encontro com a diversidade de ideias e com a pluralidade de posicionamentos.
E isso é muito positivo.
O desafio que se coloca – para quem deseja transitar por aqui com mais leveza mas sem deixar de ter opinião e firmeza de ideias – é cultivar respeito, tolerância e uma boa dose de “escutatória” (ouvir e prestar atenção).
A questão não é concordar ou discordar. Mas dialogar e aprender conjuntamente.
Falar como quem deseja se colocar – sem necessariamente querer catequisar.
Ouvir como quem apreende com a curiosidade de quem deseja crescer – sem apenas esperar sua oportunidade de falar para apenas contradizer as ideias.
Num tempo de redes sociais pouco sociáveis, de relacionamentos pouco relacionais e de diálogos nada dialógicos uma lufada do olhar atento, da escuta sincera e das mãos disponíveis vale mais que dinheiro.
Quem diria que chegaríamos em pleno século XXI – com tanta tecnologia para nos aproximar – mais distantes do que nunca.